O
Café
Um
café suíço e três mini pães de queijo. É sempre o meu pedido. Uma combinação
perfeita. A mistura de cheiros na
cafeteria é algo que me intriga e me acorda.
Antes
de entrar, olho pela vitrine e as vejo
sentadas entre tantos outros. Nunca sou a primeira a chegar. Cumprimentamo-nos como se não nos víssemos há
dias. É no café que celebramos a vida, a
amizade, o laço que nos une.
O
café é um momento terapêutico. No café conversamos sobre sonhos, conquistas,
amores, desamores, perdas, enganos.
Ouvimos, falamos, deliberamos, acordamos, aconselhamos. É consenso entre nós: ou tomamos café ou
pagamos terapeuta. Tomamos café. Muitos cafés.
É
comum dividirmos, em meio a tanta gente desconhecida, em uma mesinha, as nossas
maiores angústias, muitos dos nossos
segredos, as nossas alegrias. É como se estivéssemos em um campo neutro. Às
vezes alguém é pego as gargalhadas, e então nos lembramos de que estamos ali.
Quem
se aventura a sentar-se à mesa, em poucos minutos é capaz de contar, olhando em
nossos olhos a sua maior aventura ou desventura. Já ouvi relatos impressionantes. Também falamos sobre negócios, trabalho,
estudos, inclusive viagens em busca de pessoas com as quais nunca estivemos
antes.
Foi
neste lugar que comemorei muitas conquistas. No café brindei, em meados deste
ano, o início da realização de um dos
meus projetos materiais mais antigos. Aproximamos nossas xícaras e foi
emocionante ver a alegria do grupo.
Mesmo
quando fico impedida de estar no café, sei que estão juntos e que se lembram de
mim. Orgulho-me de, apesar da minha inexperiência e vontade
de viver em uma única vida o que deveria
viver em duas, ou três, me ouvirem e
considerarem minhas colocações.
Às
vezes, alguém necessita excepcionalmente de um café. Na semana passada
solicitei um. O meu primeiro. Um mate gelado, pois foi no final da tarde. Falei durante mais de uma hora. Sem ser muito
clara, tenho certeza. Mas não houve perguntas indiscretas. Aconselharam-me, mas
a decisão é minha. Não perguntaram o porquê, mas do que eu precisava. E isso é
o que vale.
O
café é como o abraço. Envolve-nos, aproxima os corações, é a troca de energia
que nos equilibra.
E por tantos motivos que tenho uma felicidade enorme em ter tido o previlegio de ter vc como minha professora ou melhor como um exemplo de pessoa. Agradeço por tantos cafes... obrigada bjos
ResponderExcluirO privilégio desse nosso encontro foi todo meu! Beijos.
ExcluirExcelente texto, Mãe!!! Deu até vontade de tomar um cafezinho com você!!!
ResponderExcluirQuando você quiser filho! Beijos.
ExcluirPois é....cafés e cafés e assim a vida segue. É sempre muito bom ter o prazer de contar com bons amigos e muitos cafés. E por falar nisso: aceita um café?
ResponderExcluirA qualquer hora!
ExcluirQuanta honra, fazer parte deste café!!! Lindíssimo, amiga!!! Parabéns!!!
ResponderExcluirObrigada! Conto com você para os cafés! Beijos.
ExcluirQue alegria!!! Cheguei a sentir o sabor do café que desejo tomar com você, quando puder. Sinta o meu abraço e a minha admiração.
ResponderExcluirMarcia Ap.G. de Carvalho.
Quanta saudades Márcia! Vamos marcar. Beijos.
ExcluirAh, e eu perco tudo isso?...Preciso parar para tomar um café com vocês!
ResponderExcluirVocê é sempre muito bem vinda querida! É só você resolver! Beijos.
ExcluirComo você escreveu: "Às vezes, alguém necessita excepcionalmente de um café."
ResponderExcluirPrecisei, e você me ouviu falar de meus sonhos, me aconselhou, e me ensinou a persegui-los. Obrigada. Gil
Gil, uma das boas coisas da vida é ter amigos com os quais possamos partilhar momentos de nossas vidas. Beijos.
ExcluirMuito bonito
ResponderExcluirEsse café deve ser delicioso com sabor de ótimas amizades e companheirismo. Parabéns pelo café!
ResponderExcluirE é mesmo Karina! Obrigada por visitar o blog. Beijos.
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